A faculdade de Educação Física (FEF) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Câmpus de Cuiabá, e parceiros realizaram na tarde desta terça-feira (12), o I Festival Paralímpico de Atletismo. A ação, que integra o Programa Paradesporto Brasil em Rede, do Ministério do Esporte, aconteceu no Centro Olímpico de Treinamento (COT), no Câmpus, e contou com a participação de crianças e adolescentes com deficiências nas atividades de integração esportiva com familiares e equipe de profissionais.
A coordenadora do projeto e docente na FEF, Juliana Aparecida de Paula Schuller, explica que o Festival é uma das ações do Programa na UFMT. “Tivemos cerca de 30 inscrições para participação no evento, entre crianças com deficiência física, autistas, cadeirantes, entre outras. Tivemos prova preparada também para os pais e responsáveis por elas, com objetivo de fomentar esse apoio e estimular o paradesporto”, destacou.
Presente no evento, o coordenador de Esporte de Inclusão da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), que apoia o Programa, Luiz Tamba, contou que a ação é a oportunidade de aprendizado que evolui a partir da participação de familiares, poder público e demais instituições que incentivam o esporte para pessoas com deficiência. “Principalmente o Atletismo que está crescendo muito em Mato Grosso por meio dos Festivais, Campeonatos, e instituições que atuam, somando a parceria com a UFMT, com o conhecimento acadêmico e científico, e isso engrandece o esporte em nosso Estado”, destacou.
Também parceiro do Programa da UFMT, o coordenador do Centro de Referência Paralímpico de Várzea Grande, Altemir Trapp, contou que o Festival e demais ações integram rede de cooperação para atividades paradesportivas. “ Essa atividade integra as ações do Comitê, órgão máximo que gere o esporte para pessoas com deficiência no Brasil, que busca uma rede instalando núcleos em todas as unidades federativas do Brasil. Estamos desenvolvendo cinco atividades paradesportivas buscando incluir todos os tipos de deficiência que são elegíveis para o esporte paralímpico”, disse.
Mato Grosso no cenário do Paradesporto Ainda sobre o escopo das atividades desenvolvidas, Altemir Trapp citou o Tênis de Mesa, Atletismo, natação, Goalball, parabemento. “Em conjunto com a UFMT nos fortalecemos, tanto que para o dia 09 de março do próximo ano, faremos um grande evento que soma cinco competições em um Super Meeting Paraolímpico, que terá jogos em Cuiabá e Várzea Grande”, destacou, complementando que o objetivo é descobrir novos talentos e apresentá-los também para as pessoas com deficiência.
Dentre as atletas paralímpicas que acompanharam o Festival na UFMT estava Ana Carolina Duarte Ruas Custódia, deficiente visual, representante do Instituto de Cegos de Mato Grosso (Icemat), que apoia a iniciativa da UFMT, e da Seleção Brasileira de Goalball. “Esse ano pelo Icemat conquistamos no regional a medalha de ouro, que deu acesso a série B do brasileiro, onde ganhamos acesso à série A, que acontece no próximo ano”, destacou citando a importância deste primeiro Festival para fomento do Paradesporto, considerando o esporte como ferramenta de inclusão.
Do lado dos bastidores do Festival estava Cely Marini Melo e Oña, mãe do Felipe e Oña, 13 anos de idade, que competiu nas corridas de 80 e 100 metros e salto em distância. “Detectamos o Transtorno do Espectro Autista (TEA) quando ele tinha dois anos e meio, e ao longo do tempo as oportunidades para o desenvolvimento dele foram aparecendo. Atualmente ele faz outras atividades como Bateria, Canto, Esportes”, ressaltou, citando a relevância do Festival e ações que dão visibilidade e fomento à inclusão e acesso deles.
Foto: William Gomes / Secom