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Futebol Mato-Grossense

13 de novembro de 2024 20:46:26

Redação

Redação

Justiça recebe denúncia e lateral do Cuiabá se torna réu por esquema de manipulação de jogos

O lateral Mateusinho, do Cuiabá, se tornou réu na ação que apura um esquema de manipulação em jogos da série B do Campeonato Brasileiro do ano passado. O atleta foi um dos alvos da operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, em fevereiro.

Nesta semana, a Justiça recebeu a denúncia oferecida pelo MPE de Goiás contra 14 pessoas. Mateusinho irá responder pelos crimes de organização criminosa e manipulação de resultados.

Além dele, se tornaram réus os jogadores Romário (ex-Vila Nova) e Joseph (Tombense), além de Bruno Lopez de Moura (vulgo BL), Camila Silva da Motta, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto, Allan Godoi dos Santos, André Luís Guimarães Siqueira Júnior (André Queixo), Paulo Sérgio Marques Corrêa, Ygor de Oliveira Ferreira (Ygor Catatau) e Gabriel Domingos de Moura.

O Cuiabá oficializou a contratação de Mateusinho em janeiro deste ano. Na última temporada, ele atuava pelo Sampaio Corrêa.

Um dos jogos do Tubarão foi investigado na operação do MPE. Na ocasião, a equipe enfrentou o Londrina e, aos 19 minutos do primeiro tempo, Mateusinho deu uma entrada em Caprini dentro da área, gerando a marcação de um pênalti. Apostadores esportivos obteriam lucros vultuosos com o esquema.

Denúncia do Vila Nova

A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), teve início após denúncia do presidente do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo de Carvalho – clube que teria sido vítima do esquema.

Ele apontou evidências da atuação ilícita do réu Bruno Lopez na manipulação dos resultados das partidas entre Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Corrêa x Londrina para beneficiar os apostadores.

Pagamento a jogadores

De acordo com a denúncia do MPE, os jogadores envolvidos no esquema foram abordados com a oferta de pagamento de R$ 150 mil para participação no esquema.

Caso aceitassem, recebiam um “sinal” de R$ 10 mil. Já no esquema, cabia aos atletas assegurarem a ocorrência de eventos durante os jogos, como cometimento de pênaltis no primeiro tempo, cartões amarelos ou vermelhos em determinada etapa da partida, diferença de gols no primeiro tempo, entre outros, sempre em jogos previamente selecionados.

Segundo apurado, a corrupção tinha a intenção de, ao final, assegurar aos denunciados expressivos lucros em apostas feitas por eles em sites de casas esportivas.

Para tanto, os envolvidos tinham um elevado número de contas criadas nos sites, geralmente em nome de terceiros, como forma de assegurar e maximizar os ganhos com os ilícitos.

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